PASSEATA  DIA 17/18 JUNHO
      Sempre que algo novo acontece, temos de agir tateando a dúvida
em nossas afirmações. 
       Isso é tanto mais
verdade, quanto maior for a dúvida. 
     E esta mesma
incerteza abate-se agora sobre o dia que não terminou, 17 de Junho de 2013.  Um fenômeno diferente aconteceu no Brasil. O
“enxameamento” das ruas, praças, logradouros públicos viu-se preenchido por
pessoas estranhas à política, lideranças e organização formais, abarrotadas por
pessoas sem credo, sem cor, sem raça, sem distinção de classes sociais,
culturais, cargos e ou tradição popular, nos mais distantes rincões desta país
até às principais ruas das grandes urbes. Aproximadamente um milhão e
quinhentas mil pessoas. 
       Isso,
indiscutivelmente, foi um fenômeno nunca visto por nós em nossa História. 
       Concordam?
       Mas isso aconteceu,
não é verdade ?
      O assombro que se
abateu sobre os políticos deste país, é a mesmo que desabou sobre todo nós,
habitantes da mesma nação. 
       Esta incompreensão é
um fato, não é ?
       E, como explicar
isso ?
ESTÁTUA PENSADOR DE RODIN
   Dizer que tudo se deu somente sob a bandeira da insatisfação
nacional, é jogar debaixo do tapete toda questão e não dar respostas conclusivas
nenhumas. Responder assim, é uma maneira simplista de agir. Um recurso ingênuo
ou cínico de dizer que tudo nunca houve e que foi apenas um “suspiro da massa”.
      Parece que o sentido
desta profusão de anseios destoa das prioridades do Estado. Suspeito que o
desejo da juventude não é, exatamente, a vontade do Estado. O Estado pode levar
um cavalo até a água, mas não pode obrigá-lo a beber. Esta juventude não deseja
o quê desejávamos ontem. 
     A leitura da liturgia
democrática não é a que até aqui entendemos como válida e correta. A descrença
com o poli partidarismo republicano é imensa. Aqui e em todo local do mundo. 
       Fico assim a
imaginar que o sistema atual não representa mais a Sociedade. Ficamos velhos
ante a forma de escolha de nossa representação.
    É preciso atentar
que as redes de comunicação social procedeu, rapidamente, processos de interação
entre todos nós, somada a farta comunicação à distância e, adicionado, aos
meios de rápida locomoção.
   O que faço aqui são
muitas perguntas sem qualquer respostas. Procuro levar apenas a reflexão.
     Sociólogos,
Psicólogos, Historiadores haverão de, voltando ao passado no que agora é
presente e, para o futuro, entenderem o quê aconteceu aqui hoje nestes dias.
       Um excelente fim de
semana. 
       Que Deus esteja com
todos vocês. 
       Obrigado. 
       J. R. M. Garcia. 
P.S. Este fim de semana não escreverei. 

