São
fenômenos que acontecem em realização simultânea, inesperada, de dois ou mais
acontecimentos. De uma maneira geral imprevisíveis. Estes fatos ocorrem
sem qualquer explicação. Alguém escapa de um desastre “por milagre”. Uma pessoa
encontra outra, em um país distante, quando na verdade não a via por dezenas de
anos e não só, mas ainda encontra outra, também em iguais circunstâncias, no
mesmo momento. E, realmente, tais fatos sucedem.
Quando estas ocorrências são conseqüentes, dão algum resultado prático, o
Psicólogo e Filósofo suíço Jung, nominou-os de “coincidências significativas”,
ou seja, “sincronicidade”. Na verdade, nestes casos, o impossível acontece.
Jung, psiquiatra, médico, filósofo e Pauli, Nobel de Física, descobridor de uma
partícula quântica denominada “spin”, escreveram a duas mãos um livro sobre a
sincronicidade, inferindo que esta partícula quântica em especial tinha um
comportamento anômalo e não obedecia a Física clássica, o que levou Einstein a
exclamar: “...os átomos assombram-me.” Neste livro Pauli e Jung sugerem que
estas nanopartículas teriam vontade própria, agindo por si mesmas independente
de causa e efeito.
Neste contexto, para espanto do mundo científico, surge a idéia de
“acausalidade”.
A “acausalidade”, mais não é senão o fenômeno que acontece sem qualquer razão
de ser. Sem qualquer causa. Na filosofia e ciência clássica, não se
aceita este tipo de fenômeno. Entende-se que não há efeito sem causa. Assim,
para cada causa existe um efeito e cada efeito uma causa. Este é o pensamento
grego aristotélico.
Mas estudos mais acurados, sobretudo entre partículas atômicas menores que o
átomo, como o spin, meson este fato ficou provado.
A
“acausalidade”, sem qualquer outro sentido, deveria ser estudada em cadeira
própria de Física e Matemática pura, mas ainda é cedo para isso. Jung, mais que
Pauli, entendeu a “sincronicidade” (termo criado por ele), como um meio de
procurar soluções para o futuro e até mesmo à previsão de fatos ainda não
determinados com base nas observações usuais.
Logo, há dois comportamentos bem diversos em Física.
Um é dos corpos celestes, dos objetos no plano físico de nosso planeta. Outro é
o das partículas menores que o átomo: Bósons
da força fraca, Quarks, Glúon , Elétron, Neutrino. Fóton, Bônus: Bóson de Higgs etc.
“Se existe algo que pode ser chamado de elemento
fundamental da natureza, não é terra, nem água, nem átomo, nem próton ou
nêutron, e sim essas partículas. Duas delas, os quarks e elétrons, formam toda
a matéria que você vê. Outras 4 são bloquinhos de energia pura e trabalham pra
manter os quarks unidos, deixar seu corpo no chão, iluminar as coisas…”
Digamos que
somos cópias holográficas fora do tempo, eternizadas de feitio previsível
através das “sincronicidades” inevitáveis.
Assunto
complexo demais para um Blog de leitura curta, no que me desculpo para alguns e
congratulo-me com os poucos que me entenderem.
Abraços.
J.
R. M. Garcia.