É um Blog com pretensões de refletir e sugerir novos paradigmas sem contudo esquecer as memórias de nossas vidas, porém superando falsos tabus.
terça-feira, 6 de maio de 2014
sábado, 3 de maio de 2014
= CIRCO SEM PÃO =
Ninguém
de boa fé pode negar a importância das disputas dos jogos mundiais de futebol a
serem realizados no Brasil. Sem dúvida é motivo de júbilo, de alegria, de contentamento.
É muito bom que assim o seja. Como todos, também eu, regozijo-me por estes
certames. Com atenção juvenil acompanharei com todo entusiasmo tantas quantas
forem as partidas que realizarem.
No
entretanto, fico aqui a pensar o excessivo enaltecimento e desvairo com que a
mídia dá destaque a este evento.
A se
ver como os jornais, atribuem relevância exagerada a estes jogos, ficamos assim
a imaginar que nossa História dividi-se entre o “antes e o depois”.
É como
se após tais festividades esportivas, nosso país fosse alterar da água para o
vinho.
Após estes
eventos o Brasil terá resolvido o problema dos prontos socorros lotados; o
nosso índice de criminalidade em mais o de 51.000 assassinatos por ano (o maior
do mundo); como se a inflação desistisse de nos devorar; o dólar não
continuasse subsidiado a favor dos bancos; os juros pagos pelo país ao exterior
não fossem os mais altos do mundo; o transporte coletivo fosse resolvido; o problema
de energia elétrica fosse concertado; nossas estradas dessem escoamento a nossa
produção; a segurança de nossa população aumentasse; o grau de investimento
privado pudesse ser aumentado em detrimento da iniciativa pública; o
intervencionismo estatal fosse diminuído; a burocracia restringida; o índice de
corrupção fosse coibido; nosso ensino fosse mais eficiente; os professores do
ensino médio fossem pagos acima da linha mil da miséria; nossa política externa
fosse menos venal.
Isso.
Terminada
a copa estes problemas estariam resolvidos?
Ahhhh!!!!!!!!!!!!!
Este seria o grande milagre.
Esta
seria a etapa magistral de nossa História.
Mas
não. Tristemente não. Após os jogos, tudo voltará como d’antes no curral de Abrantes.
Cada
um voltará para sua casa frustrado, sabendo que o que aconteceu foi apenas uma
noite de sonhos. As dívidas e os problemas serão os mesmos a arrasar-lhes os
corações entristecidos.
O ditado
“PÃO E CIRCO” que os romanos antigos alardeavam, aqui é “PAO SEM CIRCO”.
Tenham
um domingo abençoado, minha Amiga(o).
Abraços.
J. R.
M. Garcia.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
= ZONA DE CONFORTO =
Na
gíria, entre os da terceira idade, sabe o quê isso significa?
Expressa
exatamente que entre as pessoas na idade de aposentadoria, após anos e anos de
serviços laboriosos, encontram-se agora em uma fase onde podem gozar das benesses
de uma vida supostamente descansada.
Daí pessoas amigas, que gostam realmente
de você, vem e diz:
--Meu querido ! Você tem de fazer
caminhadas, não pode fumar, beber pouco, comer pouco etc. etc.
Vem o médico, nem sempre bem intencionado
e recomenda:
--Meu amigo ! Você não pode ingerir
gorduras, doces, tem de fazer dieta alimentar, ingerir muita água, fazer exames
regulares, perder peso etc. etc.
Você argumenta que já viveu bastante e
acha que uma boa morte far-lhe-ia bem.
Pronto. O rolo está armado.
Seus parentes mais próximos, obviamente
pensando na perspectivas de você tornar-se um trambolho ambulante dando-lhes
pesados encargos, argumentam com muita propriedade.
--Mas que isso ! Acaso você quer passar os
últimos dias de sua vida sob cuidados médicos? Quer ficar aleijado por um
derrame? Quer que lhe cortem a perna por diabete ? Quer fiar paralítico ? É
isso ! Você tem que viver bem até o fim, ora.
Pronto. A coisa fica braba.
De um lado vem as ameaças e, de outro, a
possibilidade destas mazelas acontecerem realmente.
Mas afinal, o que você realmente quer ?
Sossego, paz, descanso, uma vida
modestamente sem grandes preocupações, com pouco ou nenhuma obrigação, ler,
dormir e estes prazeres simples de uma vida usual.
E o que lhe cai de deveres sobre a
existência ?
Mais deveres e obrigações, estes os quais
você já havia deixado há muito em uma juventude distante. De resto passou a
vida com a pressão arterial a 19, 20 infartos, sem ninguém dizer nada, com dores
por todo corpo.
Esta meu querido amigo, é o que lhe espera
nesta chamada “Zona de Conforto”.
Um abração.
Um ótimo feriadão.
J. R. M. Garcia.
= BONS TEMPOS =
Olhando
a foto de uma festa.
Esta festa se deu há pelo menos mil anos.
Não. Isso é exagero. Digamos há uns trinta
anos.
Mas é como se fosse mil.
Uma festa junina.
Éramos todos casais jovens, com filhos
crianças ainda, vizinho todos.
De uma forma geral todos esbeltos,
esguios, sem barriga. Ágeis, flexíveis dançando a maioria com a meninada à volta.
Todos ali reunidos com muita alegria.
Bons tempos !
He ! Bons tempos !
Vou dizer-lhes o quê eram estes bons
tempos.
As paixões eram muito mais soltas e, por
isso, perdíamos-nos em estéreis discussões uns com os outros e conosco mesmos. E
muitas vezes com a família. As crianças, inteiramente dependentes, exigia-nos
atenção, educação, zelo. Era um tal de passar a noite fazendo vaporização, com
febre, remédios e, as vezes, até rápidas internações. De manhã era correr para
a escola com eles. Começo de vida tudo era novo e, como tal, as crianças eram
novas e a gente muito inexperiente. E ainda, por cima disso tudo, precisávamos ganhar
dinheiro, fazer patrimônio, correr atrás de trabalho rentável. Além do mais buscar deixar algum patrimônio.
Vem a adolescência.
Nossaaaaaaaaaaaa !!!!!!!!!!!!!!!!
Aí a barra pega quente mesmo.
Digo e resumo: pior que um adolescente, somente dois. E se o
adolescente for desajeitado, nem a morte dos pais podem satisfazê-lo. O jovem
não deseja que os pais morram, preferem conservá-los vivos para torturem-nos. Isso inconscientemene,
naturalmente. E o pior é que alguns continuam sendo eternamente “aborrescentes”,
mas disso é a Sociedade quem cuida.
Bons tempos ?!
Tenham um alegre, feliz e abençoado
feriadão.
Abraços.
J. R. M. Garcia.
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