ACASO & OCASO
No
Blog, Sophia Novaes, que desde o início aderiu-se a ele prestigiando-o, na
crônica de ontem, “Um Bloguista Responsável” (12/08/2012), fez-me uma pergunta
que eu mesmo nunca me fizera. Disse ela: “Você marcha, José. José, para onde ?”
Magnífica pergunta. Muito inteligente. Frontal, pontual e
irretorquível, como são suas críticas.
Sophia, eu nunca me indagara. “Para onde ?”. E, muito menos,
se “marcho”.
Comecei este Blog tem menos de dois meses. Não sabia nada. Uma
amiga ensinou-me a colocar mais ou menos ali o texto e colar fotos. E, então,
de caderno na mão, fui para aulas psticulares de informática. Nada sabia, até
então, sobre nada. No Face, apenas sabia responder aos comentários, mas não colava
fotos. Usava o micro unicamente para passar e-mails, o WORD para petições e MSN
para teclar. Mas, de repente vi, a olhos vistos, a possibilidade de
comunicar-me com os amigos virtuais via Blog. Tecer ideias, comentários,
formular questionamentos, explicitar opiniões. Abandonei o Face e o MSN, e
concentrei a atenção no Blog.
Esta é a curtíssima história de “TABUS - REFLEXÕES -
PARADIGMAS - MEMÓRIAS”.
Mas..., se “marcho e para onde” ?
Pensei muito sobre a proposição: primeiro uma afirmação e,
depois, a enigmática indagação.
Tudo que me aconteceu na vida até aqui foi obra do acaso. Eu
ia estudar Física teórica no Bandeirantes -SP- e, para tanto, fiz o científico
naquele colégio e nem tentei a Universidade neste sentido. Acabei advogando por
mais de quarenta anos. Como herdei propriedade rural nunca deixei o campo e,
por formação intelectual, sempre estudei matérias que em nada dizem respeito ao
Direito. Fui, imagino, uma espécie de político partidário, advogado, péssimo
fazendeiro e, talvez, uma espécie de modesto jornalista-cronista. Contudo,
sempre com extrema dedicação a cada uma destas funções. Como não sou
inteligente, tenho que compensar-me pelo esforço.
Dito isso e explicado, acho que posso responder sua pergunta,
Sophia.
Se “marcho” -como
afirma- a direção não poderá ser outra
senão para o acaso e, agora, já para o ocaso também.
Pela atenção e paciência de vocês, muito obrigado.
Ótima
semana e -por inspiração de meu querido falecido amigo- bom
próximo fim de semana. Afinal, o fim de semana, como o Carnaval, é o que conta.
J. R. M. Garcia