VELHICE FELIZ
É isso aí!
Muitas vezes lutamos muito para ter o pouco que
precisamos e, quando isso acontece, vemo-nos perplexos, atoleimados.
Como assim?
“Simples assim...”, como diz uma amiga minha.
A gente busca serenidade, tranqüilidade pela vida
toda. E isso, muitas vezes, não acontece. Dá-se que, se Deus ajudar, ao final
vê-se que este estado de quietude é conseguido em algum momento da vida. E,
quando ele surge, apavoramo-nos. Procuramos o quê fazer, assumir compromissos,
obrigações. Tendo dado a vida inteira no interesse de nossos semelhantes mais
próximos, quando não somos mais cobrados, vemo-nos inúteis.
CARRO DE BOIS
Um
fato real que assisti na fazenda.
Os
bois de carro, após anos de trabalho forçado puxando cargas, eram levados para
um pequeno pasto a eles reservado próximo a sede. Ali nada mais faziam. Ficavam
lá em um tratamento diferenciado a comer iguarias, deitados à sombra, esperando
seus últimos dias.
Pasmem!
Ao
alvorecer, quando os demais bois eram conduzidos à curralama para serem
cangados e puxarem os carros, os outros bois, em sua tranqüilidade de “aposentados”,
punham-se a mugir melancolicamente querendo entrar nos currais para serem
arreados e trabalharem também.
Os
velhos cães de caça também são assim.
Se
os animais agem desta forma, o quê acontece com os humanos?
Usualmente
fogem.
Escondem-se
entre antidepressivos, saudosismo, em curtas incursões alcoólicas, barbitúricos,
“turismo médico”, companhias femininas ou masculinas geralmente também deprimidas
etc.
Como
resolver isso?
A
resposta cabe a cada um dentro de suas próprias opções.
Tenham
um ótimo fim de semana.
Abraços
a todas(os).
J.
R. M. Garcia.