segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CRÔNICAS E CONTOS ( Borges e Garcia)


Você sabe de onde eu venho ?
De um mundo que não é  este.
De uma rua de terra, com dois janelões altos na frente, uma sala assoalhada, um pequeno alpendre, uma cozinha com piso de tijolos, fogão a lenha, um galinheiro ao lado, dois quartos, uma varanda aos fundos, um quintal muito grande plantado de mandioca, milho e outras frutos.
Não existia televisão, nem rádio, nem água encanada, nem toca discos. A luz desta cidadezinha além de fraca, parecendo laranjinhas dependuradas, era desligada por volta das 21 horas e daí em diante tínhamos a luz de lamparina. Uma torneira única, exposta ao sol e a chuva, onde todos serviam. Para o banho morno a água era aquecida em uma lata no fogão e carregada ao banheiro onde era dependurada acima do banhador. Não havia água encanada a não ser fora da casa.
Quando na rua passava um caminhãozinho levantava um poeirão a que todos corríamos  ver.
Havia no fundo do quintal uma enorme goiabeira, onde brincávamos, não raro com tombos cruéis e perigosos.
As casas não eram próximas umas das outras e vários terrenos eram vagos entre elas com muitas de capim que explorávamos em nossa brincadeiras.
E preste bem a atenção: isso era o centro da cidade.
Este é o mundo de onde venho. Nada semelhante a este. 
Tenham uma ótima semana.
Quero avisar a vocês meus leitores, seguidores e amigos que perdi todos vossos endereços ao trocar o computador e, por isso, nãos lhes mandei as crônicas e que, agora, quando as publicações chegam a 100.000 achei os endereços e mudei o título: “CRÔNICAS E CONTOS”.
Obrigado a todos vocês pela atenção.
J.  R. M. Garcia.