CRÔNICAS E CONTOS
(Borges e Garcia)
“TODA RAÇA HUMANA CABE
EM UMA COLHER”
“99,999999999999999999999% de um átomo
são espaços vazios. Agora, se pegássemos toda a humanidade e retirássemos todos
os espaços de todos os seus átomos, todas as pessoas do mundo caberiam em uma
colher de sopa.”
Logo, não somos
nada em termos materiais. Somos praticamente apenas espaço.
É quase
inimaginável, não é?
Pois bem. Esta
pequena porção de matéria, a qual cabe em uma colher, é capaz de imaginar ou intuir
um universo conhecido cujas dimensões o
intelecto humano não é capaz de absorver, ou seja, segundo observam os
astrônomos, o volume do universo observável é de 93 bilhões de anos-luz. Cada
ano-luz é equivalente a 9,5 trilhões de km. Portanto, trata-se de algo que está
muito além da nossa capacidade de imaginação.
Ao que parece, quanto mais o homem conhece o
universo, mais mistérios parecem surgir, evidenciando o fato de que a sua
complexidade também parece estar em constante expansão.
Falamos de universo conhecido, porque
o universo em si é praticamente imensurável, uma vez que ele está em constante
expansão. De acordo com a sua idade avaliada, que é de 13,5 bilhões de anos, há
também estimativas sobre o seu tamanho atual, que é de 156 bilhões de anos-luz.
Os objetos mais distantes já observados pelo homem
são os quasares, um dos mais fascinantes elementos do universo. Isso porque
alguns deles estão a cerca de 13 bilhões de anos-luz de nós, isto é, quase a
idade do universo. Isso significa que eles são os corpos celestes mais antigos
já observados pelo homem e que podem conter informações sobre a origem do Big
Bang.
E dito isso, não podemos deixar de imaginar que
nosso tempo cósmico neste planetinha, é de apenas 15 milhões de anos.
E, afinal, somos apenas uma colher de sopa neste
universo imenso.
Ou teremos um Destino inimaginavelmente imenso ou
voltaremos ao nada na sopa cósmica.
J. R. M. Garcia.