L- I - N - G - U - A- G - E- M
Geralmente este ator, famoso por sua mímica, inglês, faz de seu próprio rosto uma espécie de caricatura muda. Mr. Bean entra em um quarto de hotel, espia a vista possível da janela, senta na cama, troca os canais da televisão com o controle remoto. Tudo muito simples, sem nenhum exagero, não fosse por Rowan Atkinson, o qual transforma a cena em graça e o comum em uma piada.
Qual o mimetismo de mister Bean com suas confusões ?
Eu diria indefinido. Sendo, converte-se no comum, no banal conhecido.
No entretanto, mister Bean só, sem companhia, a plateia sorri, gargalha.
Tudo emana de seus gestos, suas expressões faciais. Enfim, comunicam tudo que o personagem deseja.
E assim, pelo mundo afora, artistas de todos quilates expressam-se seja na música, por instrumentos musicais, poesia na pena solta de um poeta, no esporte, na pintura e tudo o mais.
A isso chamamos LINGUAGEM. Quer seja palavreado, expressão, locução, jargão, palavra, símbolos, sinais, sistema e muito mais.
Se assim somos individualmente, procurei "provocar" minha fisioterapeuta (pessoa letrada e sábia sobre questões de sua profissão). Indaguei: "Se ela já imaginou que os órgãos comunicavam entre si, de forma que nossos neurônios mal percebiam, de maneira a resolver seus problemas próprios ? "
Ela não teve dúvida. Afirmou em um sonoro SIM e, ainda, acrescentou que "...nem sempre queremos ouvi-los." E aqui continuo a bater este teclado sem ouvi-la e, sem nenhuma atenção para suas sábias observações.
Até mais.
Uma ótima semana.
José Roberto Garcia.
OBS:
Quero continuar este assunto na próxima crônica, atendendo a comunicação da linguagem entre o eletro-magnetismo de ondas e os animais irracionais. Mas, até lá, ficamos aqui com o quê nossos órgãos podem falar.