QUEM TEM O DOM PARA ADVOCACIA?
Esta é, de fato, uma pergunta desafiadora que me faço. Por controversa, bem poderia deixá-la esquecida. Mas não seria honesto omitir-me por medo de críticas ou ambiguidades.
Dependeria de dons essenciais específicos? "Um advogado já nasce feito", como o deseja o jargão popular?
O interesse pelos assuntos do direito e a condição básica para identificar-se a vocação de um futuro advogado?
É possível, em um lançar de olhos por um curso de segundo grau, saber quem tornar-se-á ali um advogado ou não?
Arriscaria alguém -já cursando a faculdade mesma - a qualificar em um bom aluno os pendores para a advocacia e, em um mau, o seu fracasso?
Penso que qualquer resposta neste sentido e absolutamente inócua.
Conheci péssimos alunos que se tornaram excelentes advogados. Conheci juristas renomados, os quais publicaram obras validas, que frequentaram péssimas escolas. Conheço outros que, na mesma condição, cursaram os chamados cursos vagos - antigamente existiam.
Advogados tímidos, mas tenazes. Advogados preguiçosos, mas brilhantes. Advogados sem o dom da oratória, mas que marcaram época. Advogados que se embriagavam, mas que deixaram escolas. Advogados santos, pios. Advogados perdidos, cujo flerte com o diabo sempre foi sua diversão predileta, porem inimitáveis.
Aqui, caro leitor, você está a perguntar-me: "Logo, advocacia e exercício cabível a qualquer um?"
Também não.
Há elementos sem o quais é muito difícil advogar. Falarei adiante dos que me parecem mais visíveis...
Dependeria de dons essenciais específicos? "Um advogado já nasce feito", como o deseja o jargão popular?
O interesse pelos assuntos do direito e a condição básica para identificar-se a vocação de um futuro advogado?
É possível, em um lançar de olhos por um curso de segundo grau, saber quem tornar-se-á ali um advogado ou não?
Arriscaria alguém -já cursando a faculdade mesma - a qualificar em um bom aluno os pendores para a advocacia e, em um mau, o seu fracasso?
Penso que qualquer resposta neste sentido e absolutamente inócua.
Conheci péssimos alunos que se tornaram excelentes advogados. Conheci juristas renomados, os quais publicaram obras validas, que frequentaram péssimas escolas. Conheço outros que, na mesma condição, cursaram os chamados cursos vagos - antigamente existiam.
Advogados tímidos, mas tenazes. Advogados preguiçosos, mas brilhantes. Advogados sem o dom da oratória, mas que marcaram época. Advogados que se embriagavam, mas que deixaram escolas. Advogados santos, pios. Advogados perdidos, cujo flerte com o diabo sempre foi sua diversão predileta, porem inimitáveis.
Aqui, caro leitor, você está a perguntar-me: "Logo, advocacia e exercício cabível a qualquer um?"
Também não.
Há elementos sem o quais é muito difícil advogar. Falarei adiante dos que me parecem mais visíveis...
Extraído do livro “Confissões de um Advogado” de minha autoria.
Uma boa noite a todos!
J.R.M. Garcia