Quem não sabe dizer “eu”, nunca
conseguirá dizer “você”
É antes necessário conhecer a si mesmo para depois
conhecer o outro.
É da natureza humana.
Sem antes aceitarmo-nos, jamais aceitaremos o
próximo.
Eu sou eu, enquanto o próximo é ele.
A confusão de pretender alugar o outro para uso
próprio, ou aceitar ser alugado, gera muita confusão.
Isso de alma gêmea...
Complicado, sabe?!
No momento em que pretendo existir no outro,
alieno-me e termino por ficar fora de mim próprio. E, se alguém pretender viver
em mim, a confusão é idêntica.
Não se trata de fazer uma reflexão auto-analítica,
nem pensar nossa capacidade intelectual ou nossa estrutura emocional, nossas
possibilidades e limitações. Não. Isso de fundir-nos em um só ser é mais que
louca fantasia, é o desaparecer de dois para surgir um nada. Uma coisa
indizível e inimaginável. Dois somados ficam uma espécie de atonia
imprevisível.
A Natureza, via de Deus, criou-nos indivíduos e,
como tal, permaneceremos até o final dos tempos.
Almas gêmeas não. Almas identificadas com toda
Humanidade.
Tenham ótima semana.
Obrigado pela leitura.
Abraços.
J. R. M. Garcia.