terça-feira, 8 de junho de 2021

"O AMOR" (CRÔNICA E CONTOS)

 


                       Antes de falar sobre o título da crônica, permitam-me lembrar as palavras que a ela muito se assemelham. É um substantivo masculino. A sinonímia é imensa: Amor é sinônimo de afetoamizadeadoraçãodevoçãozelo,  e vai por aí.

                        Dizem do amor os romanos.

amor et amor et tussis non celantur


O amor e a tosse não se escondem. “

                        Frase bem simplória, não é assim ?

                  Sobre o amor teríamos que escrever laudas. Mas, sabe o quê acho ? O amor certamente faz mais confusão do que na verdade esclarece alguma coisa.                        

                        Falamos do amor de mãe aos filhos?

                 Este é tão cego que até animais irracionais o possuem, mesmo com o sacrifício da vida da própria mãe. A mãe morre, mas sempre junto com a cria.

                        O amor de pai ?

                        Análogo ao da mãe.

                        O amor do amigo ?

                 Já é qualificativo e sujeito a condicionalidade ou não.

                 Amor de família ?

               Sempre sujeito a condições familiares, cujas dúvidas nem sempre são explicáveis.

                    Amor a Deus ?

             Esse é tão dúbio, que ninguém sabe praticamente as razões de sua existência.

                  Enfim, amor a mitos, símbolos, bandeiras etc. são meros lumes de esperança ?

                    Passageiros. Os patuás vão, mas não voltam.

                    Amor entre mulher e homem ?

                   Eu preferia dizer que é mais instável, incerto, dúbio e impossível definir. Já o “instinto de sobrevivência da espécie” impera e maneja a paixão de ambos os lados, o qual, ao final, nunca se deixara ver claramente.

               Tenho para comigo que a paixão é embalada até quanto seja possível o pesado vínculo do amor. Quando isso mais não houver, é preciso muita generosidade, resignação, compreensão, afeto, gratidão, zelo, dever, humildade.

        Logo, o “amor” pode existir entre homem e mulher, enquanto na noite escura as estrelas brilharem.

         Talvez o “amor” digamos que, em uma esfera extremamente ousada, pode-se talvez dizer que exista dentro de um universo místico.

           Boa semana. 

J. R. M. Garcia.