Antes de falar sobre o título da crônica, permitam-me lembrar as palavras que a ela muito se assemelham. É um substantivo masculino. A sinonímia é imensa: Amor é sinônimo de afeto, amizade, adoração, devoção, zelo, e vai por aí.
Dizem do amor os romanos.
“amor et amor et tussis non celantur”
“O amor e a tosse não se escondem. “
Frase bem simplória, não é assim ?
Sobre o amor teríamos que escrever laudas. Mas, sabe o quê acho ? O amor certamente faz mais confusão do que na verdade esclarece alguma coisa.
Falamos do amor de mãe aos filhos?
Este é tão cego que até animais irracionais o possuem, mesmo com o sacrifício da vida da própria mãe. A mãe morre, mas sempre junto com a cria.
O amor de pai ?
Análogo ao da mãe.
O amor do amigo ?
Já é qualificativo e sujeito a condicionalidade ou não.
Amor de família ?
Sempre sujeito a condições familiares, cujas dúvidas nem sempre são explicáveis.
Amor a Deus ?
Esse é tão dúbio, que ninguém sabe praticamente as razões de sua existência.
Enfim, amor a mitos, símbolos, bandeiras etc. são meros lumes de esperança ?
Passageiros. Os patuás vão, mas não voltam.
Amor entre mulher e homem ?
Eu preferia dizer que é o mais instável, incerto, dúbio e impossível definir. Já o “instinto de sobrevivência da espécie” impera e maneja a paixão de ambos os lados, o qual, ao final, nunca se deixara ver claramente.
Tenho para comigo que a paixão é embalada até quanto seja possível o pesado vínculo do amor. Quando isso mais não houver, é preciso muita generosidade, resignação, compreensão, afeto, gratidão, zelo, dever, humildade.
Logo, o “amor” pode existir entre homem e mulher, enquanto na noite escura as estrelas brilharem.
Talvez o “amor” digamos que, em uma esfera extremamente ousada, pode-se talvez dizer que exista dentro de um universo místico.
Boa semana.
J. R. M. Garcia.