terça-feira, 8 de março de 2022

REFLEXÃO

 “Na casa onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão”


É milenar este brocardo popular através dos tempos. Outro, ainda mais realista é: “Não há almoço grátis”.

Não. Não há.

E que “pão” é este?

É o gás, o petróleo, a energia das hidrelétricas, do carvão, a solar, as marés que pontualmente batem em nossas praias, a atômica e, por fim, aquilo que o planeta nos dá.

Este é o “pão”.

E sabe em que tenho pensado?

Quando vejo por todo planeta revoltas localizadas, pessoas gritando nas praças, trocando porretadas contra escudos, fico imaginando o número imenso de pessoas insatisfeitas, andando sempre as carreiras em busca de algo que não sabem. Há angustia, aflição, desejos e mais desejos insatisfeitos. Lá, bem no fundo destes indivíduos, há o que Freud chamou de “instinto de perpetuação da espécie”, do qual nenhum de nós renúncia. Queremos viver a qualquer custo. Não nos resignamos a ter o necessário. Precisamos mais e esse “mais” é o instinto que nos impele. Ao final, não satisfeitos, colocamo-nos a agredir uns aos outros.

E qual a conclusão? 

O planeta está cansado. Nós, em busca de espaço, estamos a destruir a Terra. A população do globo está muito acima do que pode suportar. A “laranja” está “secando”. Darwin e Malthus nunca seriam tão atuais como nos tempos de agora. 

Realmente lamento esta publicação extremamente séria no dia de todas as mulheres do mundo.

Que Deus as conserve em plena felicidade.

A todas um abração.

 
J. R. M. Garcia.