GATO DE PENSÃO
Já ouvi falar muito sobre gatos. Existem os gatos de histórias infantis: o frajola, o Félix, o de botas, o da vizinha e muitos outros, porém, Gato de Pensão, só hoje, o que é uma fórmula de expressão que aguçou a curiosidade. O que é, e como seria o tal, seria diferente dos outros? Seria, e é! Então, me coloquei a imaginar o personagem. Inicialmente perguntei à pessoa que havia dito, a qual me respondeu de uma forma pouco esclarecedora, dando, a meu ver, informações parciais e que não bastaram, eu precisava e achava ser muito mais que aquilo e comecei a montar o perfil psicológico do gato de pensão.
Ele seria o próprio malandro, à espera de uma oportunidade
para se dar bem sem muito esforço, sempre fazendo a política da boa vizinhança
com todos os hóspedes, dando atenção, para ganhar regalos, não assumiria
compromissos , manteria sempre um ar interessado, sem perder a pose, como que
dizendo: mantenha distância, não posso ser incomodado; não correria atrás de
ratos, que é um trabalho para gato comum, não comeria muito, cuidaria da
elegância, como forma de sedução aos seus súditos, faria seus passeios pela
redondeza em total independência, e teria, é claro, plena e verdadeira devoção
à dona da pensão, mas a esse ponto já tinha o perfil do personagem bem
conformado e aí me bastou.
Autor: Adriano Roberto Pelá
Uma boa noite!
J. R. M. Garcia