sábado, 26 de abril de 2014

= P E R D Ã O =


Isso aqui, neste planeta, é um imenso oceano de erros. Se assim não for, é por que é pior. Somos constituídos de imensos equívocos. A cada hora ofendemos uns e outros. Desejando ou não, dia a dia, cometemos muitas injustiças. E naturalmente também somos ofendidos, mal tratados e vai por aí.
      Certo sim está Jesus, quando prega que devemos perdoar quantas vezes julgarmos que convém fazê-lo.
      Óbvio que o perdão há de vir de nossa mais íntima consciência e, obviamente, não tem de ser irresponsável.  Tanto para o perdoado, quanto àquele que perdoa, há de ter conseqüências.
      De uma forma ou de outra o perdão faz bem. Sem misericórdia o perdão não pode existir. Assim, joga-se no esquecimento tudo aquilo que nos continua ferindo a alma. Deixa-se lá, onde nem o sabemos, todas nossas feridas e nunca mais lembremos. Este é um ato de pura compaixão e, de mais a mais, mitiga nossa dor.  
    Vezes sem conta já não podemos mais perdoar aqueles que nos causaram uma série de danos. Os algozes já morreram. Daí não sei o quê fazer. Remir a reminiscência dos mortos?
      A essa resposta eu não sei, uma vez que a memória pertence a humanidade e não ao indivíduo.
    Penso realmente que com a morte, aqui neste planeta, a vida cessa e aos mortos não devem ser punidos e apenas lembrados. Boas ou ruins, deles guardemos lembranças apenas.
      Tenha um maravilhoso domingo.
      J. R. M. Garcia.