Isso aqui, neste planeta, é um imenso oceano de erros. Se assim
não for, é por que é pior. Somos constituídos de imensos equívocos. A cada hora
ofendemos uns e outros. Desejando ou não, dia a dia, cometemos muitas
injustiças. E naturalmente também somos ofendidos, mal tratados e vai por aí.
Certo sim está Jesus, quando prega que
devemos perdoar quantas vezes julgarmos que convém fazê-lo.
Óbvio que o perdão há de vir de nossa mais
íntima consciência e, obviamente, não tem de ser irresponsável. Tanto para o perdoado, quanto àquele que
perdoa, há de ter conseqüências.
De uma forma ou de outra o perdão faz bem.
Sem misericórdia o perdão não pode existir. Assim, joga-se no esquecimento tudo
aquilo que nos continua ferindo a alma. Deixa-se lá, onde nem o sabemos, todas
nossas feridas e nunca mais lembremos. Este é um ato de pura compaixão e, de
mais a mais, mitiga nossa dor.
Vezes sem conta já não podemos mais
perdoar aqueles que nos causaram uma série de danos. Os algozes já morreram.
Daí não sei o quê fazer. Remir a reminiscência dos mortos?
A essa resposta eu não sei, uma vez que a
memória pertence a humanidade e não ao indivíduo.
Penso realmente que com a morte, aqui
neste planeta, a vida cessa e aos mortos não devem ser punidos e apenas
lembrados. Boas ou ruins, deles guardemos lembranças apenas.
Tenha um maravilhoso domingo.
J. R. M. Garcia.